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Brasil pode perder o Pantanal até o fim do século, diz Marina Silva

Ministra afirmou que o país pode perder o bioma por completo se o mundo não for capaz de reverter o cenário de aquecimento global

Meio Ambiente | 05/09/2024 - 08:39:41

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou, na quarta-feira (4), que o Brasil pode perder o Pantanal por completo, até o fim deste século, se o mundo não for capaz de reverter o cenário de aquecimento global.

Marina participou de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado para falar sobre as queimadas e a estiagem prolongada que atinge a maior parte do país – com prejuízo maior ao Pantanal e à Amazônia.

"Segundo os pesquisadores, se continuar o mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, o diagnóstico é de que poderemos perder o Pantanal até o final do século. Isso tem um nome: baixa precipitação, alto processo de evapotranspiração, não conseguindo alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada", explicou Marina.

"E portanto, a cada ano se vai perdendo cobertura vegetal. Seja em função de desmatamento ou de queimadas. Você prejudica toda a bacia e assim, segundo eles [pesquisadores], até o final do século nós poderemos perder a maior planície alagada do planeta", continuou.

MAIS ESFORÇO E MAIS ORÇAMENTO - Na audiência com senadores, a ministra do Meio Ambiente disse que, diante dos dados, será preciso ampliar — cada vez mais — os esforços e recursos de combate a consequências das mudanças climáticas.

Marina mencionou altas orçamentárias em relação ao Governo de Jair Bolsonaro (PL) e fez apelos a congressistas para “quem quiser contribuir” com recursos à pasta.  

A ministra defendeu, ainda, que o Congresso crie um marco regulatório de emergência climática, que exclua da meta fiscal do governo federal os recursos gastos nessas condições.  

“Se tenho que agir preventivamente, como é o entendimento de Vossas Excelências e nosso, tenho que ter cobertura legal para isso”, afirmou.  

Marina avaliou que o Governo vive um “paradoxo” com cobranças simultâneas de investimento em medidas de combate ao incêndio e em empreendimentos que são “altamente retroalimentadores do fogo”.  

Ela não especificou quais investimentos seriam esses, mas, em outro momento de sua participação, rebateu críticas sobre seus posicionamentos contrários a obras de infraestrutra e exploração mineral, como a margem equatorial.

"Nós temos condições de fazer esse enfrentamento com os meios que dispomos? Vamos ter que ampliar cada vez mais o nosso esforço. Ao mesmo tempo somos cobrados que tenha-se medidas para fazer medidas de combate ao fogo e, ao mesmo tempo, somos cobrados para que se faça investimentos que são altamente retroalimentadores do fogo. É um paradoxo. Não preciso citar aqui os empreendimentos”, declarou.

ESFORÇO É PARA "EMPATAR" O JOGO - A ministra disse ainda que o esforço do Governo Federal no enfrentamento às queimadas e à seca histórica no país é para "empatar o jogo" – ou seja, para mitigar os danos e reverter o que ela chama de "condições muito desfavoráveis".  

Segundo Marina, o trabalho feito pelo governo desde janeiro de 2023 evitou uma "situação completamente incontrolável".

Eu diria que o esforço que está sendo feito nesse momento é de tentar 'empatar o jogo', com essas condições totalmente desfavoráveis", disse Marina.

QUEIMADAS E SECAS - Em agosto, o Brasil registrou o maior número de focos de queimadas desde 2010.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 68.635 registros.

De acordo com o Inpe, mais de 80% desses focos ocorreram na Amazônia e no Cerrado.  

A marca é a quinta pior, desde o início da coleta pelo Inpe, para o período.

E os números também são maiores do que o total observado em agosto de 2023. Em comparação direta com o mesmo mês, os focos de queimadas pelo país dobraram — eram 28.056 no último ano.  

As queimadas não são o único fenômeno climático ocorrendo no Brasil.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), o país também enfrenta a maior seca desde 1950.

A estiagem tem afetado, de acordo com o órgão, todo o país, com exceção do Rio Grande do Sul.

Nas últimas semanas, uma face mais visível das queimadas e do clima seco atingiu parte do país.

Cidades ficaram encobertas por fumaças, que tiveram, segundo especialistas, origem em incêndios florestais de regiões como a Amazônia e o Pantanal.


Fonte: Kevin Lima e Mateus RodriguesDo g1 Brasília via Di


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