Um policial militar chamado Guibson Nascimento Queiroz, de 28 anos, relatou em entrevista exclusiva os momentos de tensão vividos por ele e seus colegas de farda durante o ataque criminoso ocorrido no domingo de páscoa, dia 9 de abril, na cidade de Confresa.
No dia do ocorrido, diversos criminosos fortemente armados invadiram a Brink’s, uma empresa de segurança e transporte de valores. A tentativa de roubo foi feita na modalidade novo cangaço, na qual os assaltantes levam terror ao município. Foram disparados diversos tiros durante mais de 1 hora, bombas foram explodidas e veículos incendiados. No dia, uma pessoa foi ferida por bala perdida.
Guibson relatou que estava de folga na casa de sua sogra no momento do ocorrido. Ao ouvir o primeiro tiro pensou se tratar de uma ocorrência corriqueira, contudo, logo percebeu que era mais que isso. Todos os policiais foram convocados para comparecer à 27ª Companhia Independente de Polícia Militar, a qual foi alvo dos criminosos, que atiraram diversas vezes contra as suas estruturas e incendiaram um carro em frente após danificarem o portão de acesso.
“Não pensei duas vezes, deixei minha esposa e minha filha na casa da minha sogra e fui até as imediações do quartel, tomando cuidado para não ser percebido, pois eu estava apenas com a minha pistola com 15 munições e sem qualquer proteção”, relatou o agente da lei, que é soldado da PM há 7 anos.
O praça relatou que no momento em que viu a cena de guerra em frente ao batalhão só pensou que poderia ter tido alguma morte de um de seus irmãos de farda: “Chegando no quartel vi que ali tinha se passado uma "guerra" e só pensava em alguma possível baixa por parte dos meus irmãos de farda, fiz a varredura e consegui passar no portão principal em meio as chamas de um veículo que estavam bloqueando o mesmo”.
Quando conseguiu entrar, viu seu companheiro, Soldado Elton, que estava dentro da armaria. Até esse momento, o soldado estava apenas portando sua pistola 9mm com 15 munições, sem colete ou outra proteção contra possíveis tiros.
Ele se muniu de um colete e um fuzil e ficou na porta da unidade policial, guardando e aguardando os criminosos, que poderiam voltar à qualquer momento. Os dois fizeram uma varredura e não encontraram nenhuma outra pessoa no local.
Ao chegar outros policiais para apoio, Guibson relatou que foi até o Hospital Municipal ver se tinha alguém ferido, isso pois diversos tiros foram disparados na direção do local. Apesar disso, estava tudo bem: “segui rumo ao hospital municipal que fica ao lado, para ver se tinha alguém ferido, pois percebi que o grupo armado tinha efetuado centena de disparos na direção de lá, ao chegar lá vi que graças a Deus estava tudo bem, relatei o acontecido e retornei ao quartel”.
Após os criminosos saírem da cidade, o soldado seguiu para a Brink’s, onde populares tentavam saquear possíveis valores deixados e estavam em perigo, isso pois haviam diversos artefatos explosivos. O local foi isolado até a chegada da Polícia Judiciária Civil.
A foto de Guibson na porta da PM circulou as redes sociais de todo o país e ela foi utilizada como exemplo de como o trabalho policial é relevante e arriscado.
Além de Guibson, centenas de policiais militares e civis atuaram no dia do ocorrido e seguem em buscas intensas pelos criminosos, que deixaram rastros de destruição, pânico e prejuízos financeiros aos moradores de Confresa e região. Todos merecem ser reconhecidos pelas autoridades estaduais e pela população, que está são e salva graças à sua bravura e heroísmo.
Fonte: Olhar Alerta
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