Eles foram levados ao Centro de Ressocialização de Sorriso, a 420 km de Cuiabá, e, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), um deles também deve responder por porte ilegal de arma de fogo, já que com ele foi encontrado um revólver callibre 38.
Após a prisão, Reinaldo Freitas alegou ter sido preso depois de denunciado supostas irregularidades cometidas por policiais militares que atuam no município. "Passei para a Secretaria Estadual de Segurança Pública o que está acontecendo no município, envolvendo tráfico e propina", disse. Sobre a prisão, disse que após um adolescente que era usuário de drogas ter sido apreendido por roubo de uma motocicleta o denunciou de forma indevida. "Ele foi 'lapidado' pela Polícia Militar para envolver meu nome e o nome do vereador Itamar. Sempre fui contra isso", argumentou.
Já José Itamar disse que há nove meses o colega, Reinaldo de Freitas, havia denunciado suposta cobrança de propina por parte dos policiais e depois disso eles não tiveram mais sossego. "Um dia estava andando na cidade com minha esposa e minha filha quando vi um carro me seguindo e daquela época para cá a nossa paz acabou. Nós vamos provar a nossa inocência", afirmou. Acerca da arma encontrada na casa dele, o parlamentar alegou que havia adquirido a arma porque sentia medo.
Integrantes da quadrilha chegaram a oferecer dinheiro para que os policiais que atuavam no caso fossem mortos. Conforme o MPE, além de comercializar droga, os criminosos adquiriram, preparavam, transportavam, armazenavam e ofereciam o produto para consumo. Entre os locais de comercialização estavam a cadeia pública de Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá, e em uma escola de Nova Ubiratã.
O entorpecente era adquirido em Cuiabá e Sorriso e guardado em um depósito que funcionava dentro de estabelecimento comercial em Nova Ubiratã. O local era utilizado como ponto de encontro dos traficantes que, sob o pretexto de cortar o cabelo, se reuniam para preparar e combinar a venda dos entorpecentes, que era feita por adolescentes aliciados para o crime.