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Pedro Taques evita declarar apoio a Aécio para o segundo turno

"Se cumprir a lei for vingança eu serei um vingador"

ELEIÇÕES 2014/ SEGUNDO TURNO | 08/10/2014 - 07:51:33

O governador eleito, Pedro Taques (PDT), evitou, na manhã de ontem (07), declarar apoio oficial ao presidenciável Aécio Neves (PSDB) neste 2º turno da eleição. Nacionalmente o PDT faz parte da aliança pró Dilma Rousseff (PT), mas Taques nadou contra a corrente no 1º turno em Mato Grosso, apoiando e recebendo apoio de vários candidatos a presidente da República. Agora, com apenas dois concorrentes, a tendência é que Taques abrace a campanha do tucano, seu amigo e colega de Senado. 
 
Ao lado de todos os deputados estaduais eleitos pela sua coligação, o pedetista garantiu que não vai interferir na eleição da presidência da Assembleia Legislativa (AL) e deu o tom do seu governo: “Se cumprir a lei for fazer vingança eu quero dizer que eu serei um vingador”, disparou.
 
“Aécio Neves veio aqui, nos deu apoio, a Marina também nos deu apoio. Nós vamos sair dessa coletiva e reunir o grupo político para conversarmos sobre isso. Essa não é uma decisão só minha. O senador Aécio é meu amigo, conversei com ele ontem, conversei com ele hoje, mas nós temos que falar de Mato Grosso”, explicou o ainda senador.
 
Apesar do mistério, a tenência é de apoio a Aécio. A declaração oficial deve acontecer em Brasília, nos próximos dias, mas na presença de outros ilustres pedetistas que preferem Aécio a Dilma. “Dentro do PDT nós temos um grupo político que defende determinada causas. Nossa conversa hoje, com nosso grupo, é para que possamos acabar com esse disse me disse, com esse mexerico”, enfatizou o governador eleito.
 
Vingança
 
Perguntado por uma correspondente do jornal O Estado de São Paulo se realizaria uma devassa na gestão atual e se isso não poderia soar como vingança, Taques foi duro. “Se cumprir a lei for fazer vingança eu quero avisar a senhora que eu sou um vingador. Quem fez coisa certa pode ficar tranquilo. Quem fez coisa errada não vai ter vida fácil”, afirmou. Pedro Taques garantiu que assim que assumir o governo, a partir do dia 1º de janeiro, vai encaminhar para os órgãos competentes todas as informações que tem sobre crimes praticados no governo.
  
Assembleia
 
Pedro Taques garantiu que não irá interferir na eleição da presidência da mesa diretora da Assembleia Legislativa. “A AL tem que ser respeitada, tem que ser independente. Agora, independência não significa submissão, significa autonomia. Os nossos deputados eleitos terão independência. Eu, em absoluto, não vou interferir na eleição da presidência, confio nos nossos deputados”, disse Pedro.
 
Questionado sobre a possibilidade de uma composição com o PR, que esteve ao lado do PT na eleição ao governo, Taques disse que tem conversado com todos os deputados estaduais eleitos para parabenizá-los. “Não faremos cooptação de deputados, pois os deputados merecem respeito. Os deputados do PR foram eleitos no campo da situação, mas isso não impede que nós não possamos conversar com eles”, observou.
 
Secretariado
 
Pedro Taques informou que só deve anunciar o seu secretariado após a diplomação como governador, que deve ocorrer no final de outubro ou no início de novembro. O governador informou que até o dia 10 de dezembro a sociedade saberá quem serão os nomes escolhidos para ajudar na governabilidade do estado. Durante a campanha, ele prometeu que não negociaria cargos públicos com partidos políticos.
 
“Partido político não é Sine para dar emprego para quem quer que seja. Nos partidos políticos existem pessoas competentes e pessoas incompetentes. Não existe obstáculo legal nem constitucional para que os eleitos ocupem cargos, mas nós ainda não estamos conversando sobre isso. Que fique bem claro, apenas eu, o governador eleito, falo sobre secretariado, ninguém mais tem autorização”, ressaltou. 


Fonte: Paranatinga News


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