O comandante das Forças Armadas da Suécia, o general Sverker Goeranson, advertiu ontem (21) que o país está disposto a usar a força para trazer à superfície um suposto minissubmarino russo que a Marinha escandinava procura há vários dias.
A Marinha sueca anunciou nesta terça à noite que continuará as buscas pelo suposto minissubmarino, afirmando que duas novas pessoas relataram ter visto algo.
Em entrevista coletiva, o contra-almirante Anders Grenstad declarou ter recebido duas novas observações de cidadãos, mas não indicou o que essas pessoas teriam visto exatamente, nem as razões pelas quais considerava tais afirmações críveis.
Navios de guerra, equipamentos para rastrear minas, helicópteros e mais de 200 tropas revistaram uma área de mais de 30 km por 30 km da capital sueca a partir de sexta-feira, após relatórios sobre um "objeto fabricado pelo ser humano" na água.
O general Goeranson afirmou que havia "provável atividade submarina" perto da costa de Estocolmo e que estava disposto a obrigar a misteriosa embarcação a sair à superfície.
No domingo, a Suécia exibiu à imprensa fotografias manchadas do que poderia ser um minissubmarino.
"A maior importância da operação, independentemente de encontrarmos algo, é enviar um sinal muito claro de que a Suécia e suas Forças Armadas estão atuando e que estamos dispostos a atuar quando pensamos que este tipo de atividade está violando nossas fronteiras", disse.
"Nosso objetivo é obrigar, seja o que for, a sair à superfície (...) com as Forças Armadas, em caso de necessidade", completou.
Apesar das muitas especulações de que a "atividade" é de uma embarcação nuclear russa, as autoridades da Suécia não mencionaram a Rússia em seus comentários.
Há informações não confirmadas de que teriam sido interceptadas transmissões para o território russo de Kaliningrado, do outro lado do Mar Báltico, além da presença de um petroleiro russo nas proximidades, fora das águas suecas.