Palestinos enterram mortos em confrontos na fronteira e marcham pelo 'direito de retorno'
58 palestinos foram mortos por tiros e mais de 2.700 ficaram feridos em confrontos com soldados israelensesMUNDO | 15/05/2018 - 06:31:59
Famílias palestinas enterram nesta terça-feira (15) os corpos de parentes que foram mortos nesta segunda em confrontos na fronteira da Faixa de Gaza com Israel, dia que é considerado o mais sangrento desde a última guerra entre Israel e o Hamas, em 2014.
A segunda terminou com 58 palestinos mortos por tiros de soldados israelenses. Além disso, um bebê de 8 meses morreu após a inalação de gás lacrimogêneo durante os protestos. No total, mais de 2.700 pessoas ficaram feridas, por tiros de soldados israelenses ou por inalar gás. Entre elas, 1.360 foram por tiros. Segundo o Ministério da Saúde palestino, 130 feridos estão em condição séria.
Grupos de palestinos tentaram avançar contra a barreira que fica na fronteira com Israel e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros e bombas de gás lacrimogêneo.
Os confrontos de segunda coincidiram com a inauguração da nova embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, a dezenas de quilômetros da fronteira entre o território palestino e Israel. A decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de transferir a representação diplomática de Tel Aviv para essa cidade é considerada muito polêmica, porque rompe com o consenso internacional de não reconhecer a cidade como capital da Palestina ou de Israel até que um acordo de paz seja firmado entre as duas partes.
Os moradores de Gaza pretendem protestar novamente nesta terça, dia de greve na região, diante da cerca de segurança que separa o território de Israel. Os palestinos da Faixa de Gaza e da Cisjordânia ocupada recordam a "Nakba", a "catástrofe", como definem a criação do Estado de Israel em 1948 e o êxodo de centenas de milhares de pessoas.
As autoridades israelenses mobilizaram milhares de soldados ao redor da Faixa de Gaza e na Cisjordânia pelo receio de novos distúrbios.
O Hamas, movimento islamita que governa a Faixa de Gaza e que enfrentou Israel em três guerras desde 2008, apoia a mobilização e afirma que esta é uma iniciativa civil, um movimento pacífico. Os milhares de combatentes do grupo não utilizaram suas armas até o momento, mas um dos líderes, Khalil Al-Hayya, deu a entender que isto pode mudar.
O exército israelense acusa o Hamas de utilizar este movimento para misturar combatentes armados entre a multidão ou para colocar artefatos explosivos na fronteira. "Qualquer atividade terrorista terá uma resposta", advertiu o governo.
Israel teme que os palestinos derrubem a cerca de segurança e entrem em seu território. O governo alertou que utilizará "todos os meios" para proteger a barreira, seus soldados e os civis. Ao mesmo tempo, o governo afirma que seus soldados só utilizam balas letais como último recurso.
Também estão previstas manifestações na Cisjordânia, a dezenas de quilômetros da Faixa de Gaza. Os dois territórios estão separados pelo território israelense.
ONU denuncia violência 'indiscriminada'
Israel recebeu críticas da comunidade internacional pelo uso excessivo de força na segunda-feira. O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir durante a tarde, a pedido do Kuwait.
Nesta terça, o Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos denunciou que Israel mata de maneira que "parece indiscriminada" e lembrou que querer pular ou danificar uma cerca de fronteira (a Faixa de Gaza) não justifica o uso de munição letal.
"Parece que qualquer pode ser assassinado ou ferido; mulheres, crianças, repórteres, trabalhadores da área da saúde, se eles se aproximarem mais de 700 metros da cerca. Eles atiraram em um amputado duplo. Qual é a ameaça de um amputado?", afirmou o porta-voz em Genebra do Escritório, Rupert Colville.
"Parece bastante claro que está se matando de forma indiscriminada", afirmou Colville. "O uso de força letal deve ser o último recurso, não o primeiro, e deve responder a uma ameaça à vida. A tentativa de pular ou danificar uma cerca, ou lançar coquetéis molotov não é claramente uma ameaça de morte", ressaltou o porta-voz.
Fonte: G1
Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial, e oposição vota para derrubar decreto
Medida foi adotada para detectar e conter "elementos pró-Coreia do Norte", segundo presidente Yoon Suk Yeol
Política - 06/11/2024Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos
Candidato republicano a presidente dos Estados Unidos vence Kamala Harris e retorna ao cargo que deixou em 2021
Política - 04/11/2024Kamala e Trump chegam empatados à véspera da eleição nos EUA; veja últimas pesquisas
Tendência é que margem justa defina quem comandará a Casa Branca pelos próximos quatro anos
Tragédia - 10/10/2024Furacão Milton causa tornados e deixa quatro mortos no Condado de St. Lucie; inundações e destruição afetam a Flórida
Além das fatalidades, tornados destruíram casas e veículos em Palm Beach; Tampa permanece sob risco de inundações.
Ver todosVereadores são empossados em Gaúcha do Norte; Lorena Brito é eleita presidente da Câmara Municipal
2Ari do Prado toma posse como prefeito de Gaúcha do Norte
350 famílias realizam o sonho da casa própria em Gaúcha do Norte
4Prefeitura inaugura Escola Municipal Independência em Gaúcha do Norte
5Jovem é atingido por disparo acidental de arma de fogo na zona rural de Canarana
Marcas do desenvolvimento econômico de Nova Ubiratã
Município pujante, destacado pela potencialidade e riqueza transparecida pelos exemplos da agricultura ao longo dos anos.