Ao menos 133 pessoas morreram e 395 estão desaparecidas em consequência das inundações que afetam o nordeste da Coreia do Norte desde o início do mês, segundo um novo balanço da ONU divulgado nesta segunda-feira (12) em Seul.
O balanço anterior, que datava de quinta-feira, era de 60 mortos.
Além disso, um total de 107 mil pessoas foram retiradas das áreas próximas ao rio Tumen, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que citou como fonte o governo norte-coreano.
O rio Tumen serve, em parte de seu curso, como fronteira natural entre Coreia do Norte, de um lado, e China e Rússia, do outro.
De acordo com o balanço da OCHA, mais de 35 mil casas e 8.700 edifícios públicos foram danificados ou destruídos pelo aumento do nível do rio, provocado por fortes chuvas.
Um total de 16 mil hectares de cultivos estão inundados e ao menos 140 mil pessoas precisam de ajuda urgente, segundo o comunicado, datado no domingo, mas que foi recebido nesta segunda-feira.
A agência oficial norte-coreana KCNA indicou no domingo que "dezenas de milhares" de casa e edifícios públicos foram destruídos, assim como trechos de ferrovias, estradas, cabos elétricos, fábricas e campos de cultivos.
Os habitantes da província de Hamyong, no nordeste do país, estão sofrendo "grandes dificuldades", segundo a KCNA, que anunciou que uma campanha destinada a estimular a economia nacional foi redirecionada para apoiar as vítimas das inundações.
O objetivo é "reorientar todos os esforços à construção de casas para oferecer um local confortável às pessoas afetadas pelas inundações e transformar em um ano as zonas atingidas em um mundo de sonho sob a égide do Partido dos Trabalhadores", segundo a agência oficial.
Na falta de infraestruturas e equipamentos adequados, a Coreia do Norte é particularmente vulnerável aos desastres naturais, principalmente as inundações causadas, sobretudo, pelo desmatamento das colinas.
Durante o verão de 2012, as inundações e deslizamentos de terra provocados pelas chuvas torrenciais deixaram 169 mortos, 400 desaparecidos e 212.200 deslocados, e arrasaram 650 km2 de terras cultivadas, segundo os meios de comunicação oficiais norte-coreanos.
Inundações e fortes chuvas foram algumas das causas da grande fome que deixou centenas de milhares de mortos entre 1994 e 1998 na Coreia do Norte, um dos países mais isolados do mundo.
O Conselho de Segurança da ONU trabalha em uma nova resolução que pode endurecer as sanções contra o governo de Pyongyang após seu quinto teste nuclear.
Fonte: G1
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