Técnicos do ISA (Instituto Socioambiental) percorreram entre os dias 28 de março e 07 de abril, áreas em processo de restauração nos municípios de São José do Xingu e Santa Cruz do Xingu, em Mato Grosso. Essas visitas foram uma continuidade à rodada realizada no mês de fevereiro deste ano, quando participaram também técnicos do Ipam, do ICMBio e do Idesam.
Nessas visitas os técnicos avaliam como está o processo de restauração de cada área implantada durante o período da Campanha Y Ikatu Xingu. Nas áreas visitadas são avaliadas a quantidade de indivíduos por hectare, se há presença de espécies invasoras, além da presença de animais silvestres, entre outros dados, que serão tabulados para assim analisar como está o desenvolvimento das áreas.
As áreas visitadas na primeira expedição estavam localizadas na região de Canarana, nas cabeceiras do Rio Xingu, onde a agricultura está mais consolidada. Áreas de agricultura tendem a ser mais limpas. Já a região visitada nesta segunda rodada, mais ao norte da região Xingu Araguaia, ainda tem a pecuária como base econômica forte. Algumas dessas áreas eram de pastagens degradadas e foram recuperadas com mudas, mas os resultados não foram promissores.
O técnico do ISA Junior Veiga disse que a recuperação a partir de mudas, principalmente onde não ocorreu manutenção, não apresentou bons resultados. “Observamos que nas áreas onde foi realizado o plantio com mudas e não ocorreu nenhum tipo de manutenção, as mesmas estão fadadas ao insucesso, pelo motivo do capim ter tomado conta das mesmas”, disse Junior. O técnico do ISA Guilherme Pompiano destacou que até mesmo onde foi utilizado o plantio direto, em áreas que antes eram de pastagens, a braquiária também atrapalhou o desenvolvimento da recuperação.
Porém, as observações nesta segunda rodada também reafirmaram que o plantio direto de sementes utilizando a muvuca tem respondido muito bem na restauração de áreas degradadas. “As observações feitas reafirmam que a técnica da semeadura direta de floresta responde muito bem para a restauração em larga escala”, disse Guilherme. O mesmo foi compartilhado por Junior, acrescentando que nestas áreas foi observado uma grande diversidade de indivíduos de tamanhos variados florindo e frutificando.
Na última rodada participaram os técnicos do Instituto Socioambiental Cleiton Marcelino, Guilherme Pompiano e Junior Veiga, além do coletor da Associação Rede Sementes do Xingu Cleber Marcelino.
Fonte: Por: Rafael Govari – ISA
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