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Prisões e mandados de busca e apreensão devem mudar quadro político no Estado

Investigações feitas pela Polícia Federal atingem as principais lideranças políticas de Mato Grosso e devem repercutir nas eleições

MATO GROSSO | 21/05/2014 - 13:56:30

Grupo de Silval deve ser o mais prejudicado, mas envolvimento de Mauro Mendes pode afetar oposição

A 'onda' de prisões e cumprimentos de mandados de busca e apreensão levadas a cabo pela Polícia Federal no Estado, que fazem parte da quinta etapa da Operação Ararath deflagrada ontem (20), pode mudar os rumos da política mato-grossense, provocando a aposentadoria de políticos da 'velha guarda' e permitindo o surgimento de novas lideranças, além de provocar a discussão sobre a utilidade e necessidade de instituições como o Tribunal de Contas do Estado (TCE), que tem conselheiros e ex-conselheiros envolvidos na suspeita de compra e venda de vagas no Tribunal.

 

Ainda é cedo para avaliar todos os desdobramentos que as investigações terão no quadro político do estado, mas já é possível antever alguns de seus reflexos.

 

Obviamente, o grupo mais prejudicado politicamente é o do governador Silval Barbosa (PMDB), que chegou a ter seu apartamento revistado pela PF e foi detido por posse ilegal de uma arma de fogo, tendo sido solto no final da tarde sob pagamento de fiança estipulada em R$ 100 mil. Mas as investigações devem respingar também no grupo do senador Pedro Taques (PDT), já que o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), um de seus principais aliados e articulador político do grupo, foi envolvido.

 

Já o ainda deputado estadual e presidente afastado da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), cuja família andou sofrendo duros golpes aplicados pela Justiça e conhecido como um dos políticos mais influentes do Estado, deve ter seu poder diminuído, principalmente se continuar preso após a prisão temporária de 30 dias determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Riva, que já tem seus bens bloqueados pela Justiça por conta dos inúmeros processos por improbidade administrativa e desvio de dinheiro público, teve o seu genro, João Emanuel (PSD) afastado recentemente da presidência da Câmara de Cuiabá e posteriormente o mandato de vereador cassado. Agora pode ser relegado ao ostracismo político, já que dificilmente manterá os apoios políticos que tem estando preso, o que pode inviabilizar a eleição de sua filha Janaína, já lançada pelo próprio Riva para sucedê-lo na AL.

 

Outro que deve ter sua imagem manchada de forma indelével é o hoje senador Blairo Maggi (PR), que é acusado de lavagem de dinheiro e por pouco não teve suas residências e escritórios vasculhados pela PF. Tido como um dos possíveis candidatos do grupo governista, o desenrolar das investigações pode inviabilizar suas pretensões políticas.

 

TCE


Os policiais federais também cumpriram mandados de busca e fizeram apreensões no gabinete do ex-deputado estadual e conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo, e na casa de Alencar Soares, que era membro do TCE e que é suspeito de vender sua vaga para o ex-deputado, que o sucedeu na corte.

 

A investigação trouxe à tona um fato que há tempos é comentado à boca pequena nos bastidores da política, a compra de vagas de desembargador do TCE, que é um cargo vitalício, e deve suscitar uma discussão mais ampla sobre a forma como são escolhidos os seus conselheiros e do papel da corte de contas.

 

As investigações ainda estão em andamento e podem surgir fatos novos, e novas prisões, a qualquer momento, mas no momento já é possível vislumbrar que as prisões tem o poder de minar o discurso dos aliados do governador Silval Barbosa e dificultar a eleição de um sucessor do mesmo grupo.

 

Já o grupo de Taques, que, mantido o quadro atual, deve ser menos prejudicado politicamente pela operação, dependerá dos desdobramentos da investigação no que diz respeito ao prefeito cuiabano Mauro Mendes. Ele foi citado no processo por ter contraído um empréstimo de uma das factorings envolvidas no esquema de desvio de mais de R$ 500 milhões de reais em seis anos, e precisará provar que não realizou operações de empréstimo fraudulentas, lavagem dinheiro ou cometeu fraude contra o sistema financeiro. Do contrário, pode arrastar o grupo para o abismo aberto pela Operação Ararath.


Fonte: Gazeta MT


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