Grupos de manifestantes se reuniram na tarde de domingo (12), na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, para protestar contra o governo federal. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 8 mil pessoas participaram do protesto. Os organizadores do ato informaram que de 8 mil a 10 mil manifestantes estiveram no ato, ao realizarem o balanço final sobre a passeata. Mais cedo, um dos organizadores havia estimado a presença de 25 mil pessoas pelas ruas da capital. O protesto foi menor do que o de 15 de março, que reuniu 20 mil segundo a PM e 35 mil de acordo com os organizadores.
O protesto em Cuiabá foi pacífico e monitorado por 700 policiais militares, que acompanharam os manifestantes no trajeto de quase dois quilômetros, com cavalaria e auxílio de um helicóptero, até a Avenida Mato Grosso, ponto final da caminhada.
O ato começou às 16h45 [horário local] e terminou às 17h40. Estava previsto o início às 16h, mas a chuva provocou a prorrogação.
Os manifestantes usaram camisetas verde e amarelo e algumas estavam com o slogan “Muda Brasil”.
No percurso, eles cantaram o hino nacional e gritaram frases, como "fora Dilma". Também ocorreram vaias contra a presidente ao longo da caminhada pela avenida.
Os organizadores da manifestação disseram que eles defendem cinco pautas: a renúncia da presidente, o corte de metade do número de ministérios, que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, não participe do julgamento do Caso Petrobras, que o BNDES deixe de financiar projetos em Cuba e Venezuela e ainda que haja investigação da atuação do BNDES.
Entretanto, alguns participantes portavam faixas e cartazes pedindo intervenção militar no país, manifestando repúdio ao Partido dos Trabalhadores (PT) e afirmando que o movimento deste domingo é apartidário e desvinculado politicamente tanto da direita quanto da esquerda.
O percurso do protesto em Cuiabá foi o tempo todo cercado por policiais militares em fila enquanto os manifestantes acompanhavam um trio elétrico.
Ao fim do protesto, o microfone do trio elétrico foi aberto para participantes que quisessem se manifestar e contou com discursos variados. Um deles foi o da secretária de estado do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção Adriana Vandoni, defendendo o fim da impunidade a responsáveis por crimes de corrupção no Brasil.
“Tem diferença entre o ladrão que rouba uma televisão, uma pinga, e o que rouba dinheiro público. Vamos continuar a sair na rua enquanto esses políticos não estiverem apodrecendo na prisão”, afirmou a secretária.
Já Lorena Lacerda, uma das organizadoras do protesto em Cuiabá, discursou argumentando que o “o problema do Brasil é o voto. Nós não sabemos votar. Nós elegemos quem não nos representa”.
Por sua vez, o empresário Célio Fernandes, um dos líderes do movimento, defendeu que a presidente não entendeu o recado do dia 15 de março e por isso os manifestantes voltaram às ruas para protestar neste domingo. “Somos um país rico merecemos ter uma qualidade de vida à altura daquilo que nós pagamos”, declarou.
Fonte: G1 MT
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