Três estudantes, inglês revisado, projeto de ciências na mochila, Romênia à vista. Entre os dias 16 e 22 de abril Guilherme Weber, Ricky Wochner e Geziel Ávila representaram o Brasil na 23ª Internacional Conference of Young Scientists na cidade de Cluj-Napoca, Transilvânia. Com a menor delegação da feira, os estudantes competiram com jovens cientistas da Alemanha, França, Rússia, Holanda, China, Reino Unido e Coréia do Sul.
O objetivo é desenvolver um projeto com temas ligados à Física, Matemática, Ciências da Computação, Ciências Ambientais e Ciências Humanas. Diferente de uma feira tradicional, os estudantes foram julgados por uma banca internacional e sabatinados acerca das pesquisas que desenvolveram. O idioma do evento é o inglês, sem direito à tradução. Com elevado nível de pesquisas, a conferência alia intercâmbio cultural ao desenvolvimento dos estudantes.
Ricky Wochner e Geziel Ávila que tiveram os projetos selecionados para representar o Brasil, ambos com 15 anos, são estudantes do ensino médio na cidade de Querência. Já Guilherme Weber, que conquistou uma medalha na competição em 2013, chefiou a equipe. Rick elaborou uma revisão prático-bibliográfica sobre as infecções alimentares causadas a partir do Campylobacter, uma bactéria que se aloja no intestino humano e provoca sintomas como dor de cabeça e náuseas. O estudante fala sobre a experiência: “Foi muito interessante, qualquer pessoa gostaria de ter uma oportunidade dessa de representar o país no exterior, foi uma experiência única”, conta.
Geziel produziu uma análise prático-epidemiológica no município de Querência sobre o acesso da população jovem às drogas lícitas e ilícitas. Os jovens não alcançaram o pódio, mas ganharam em conhecimento para a vida. “Dei uma arranhadinha no inglês, mas no final deu tudo certo. É muito diferente de quando se está no seu país”, explica Geziel.
Além do inglês, outra dificuldade dos jovens foi o recurso para a viagem. Guilherme, responsável pela delegação brasileira, trouxe a última medalha para o país na Conferência há três anos e conta que existe uma corrida por patrocinadores e apoio. “Aqui no Brasil não tem tanta valorização como lá fora e isso tem um prejuízo grande para os estudantes. Então, tem gente que faz vaquinha on line, que sai pedindo dinheiro de porta em porta. E é uma experiência que agrega muito, que muda a visão de mundo dos participantes. Podemos ver e conhecer na prática o que estudamos em geografia, história. A Conferência também preza por um intercâmbio cultural entre os estudantes, é uma oportunidade única. Agradecemos, então, a todos os nossos patrocinadores e, em especial, a Sicredi Araxingu que tornou tudo isso possível”, frisa o jovem que também é querenciano, já participou de mais de vinte feiras e hoje cursa medicina na Universidade Federal do Maranhão.
Fonte: Agência da Notícia
SELECT * FROM mega_noticias WHERE status > '1' and publicacao <= '2024-12-09 06:59:25' and cat='26' and cod_mega!='2514' ORDER BY publicacao DESC limit 4