Depois da greve dos motoristas de ônibus atingir vários estados do país, reivindicação também acontece em Mato Grosso.
Sem acordo após uma audiência de conciliação, os motoristas de ônibus coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, decidiram parar 100% da frota de veículos nesta sexta-feira (23). De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo (Stett), os profissionais não aceitaram a proposta de aumento salarial de 5,8% feito pelo sindicato das empresas (STU).
A reunião entre as entidades foi feita nesta quinta-feira (22) no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT), na capital. A greve começou na terça-feira (20) e afeta 350 mil pessoas que dependem do transporte, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU).
Conforme o presidente do Stett, Ledevino da Conceição, no início da manhã desta sexta cerca de 15 ônibus chegaram a sair das garagens, mas já retornaram para as empresas. “A insatisfação é geral, estamos frustrados. Essa decisão [de parar 100%] não é do sindicato, mas dos trabalhadores. Vamos ficar parados até o prefeito Mauro Mendes interferir nas negociações”, disse Ledevino.
O secretário municipal de Comunicação da Prefeitura de Cuiabá, Kleber Lima, reafirmou que a negociação deve ser feita entre os motoristas e as empresas. Ainda conforme o secretário, as duas organizações são responsáveis por garantir que o serviço de transporte funcione normalmente na capital. A Prefeitura de Cuiabá deve ingressar na Justiça caso a situação não seja resolvida.
Segundo a SMTU, o trânsito está intenso desde o início da manhã nas principais avenidas e pontes que ligam Cuiabá e Várzea Grande. A SMTU alertou os motoristas que passam pela Avenida Fernando Corrêa da Costa, na região do Coxipó, Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA). Esses trechos estão com um fluxo maior do que o normal, conforme a secretaria.
Greve
A categoria pede reajuste de 7,15%, para que o salário de R$ 1.680 chegasse a R$ 1,8 mil. Os motoristas também pedem o aumento no valor da gratificação paga juntamente com o salário, de R$ 220 para R$ 250. De acordo com o assessoria do sindicato, os trabalhadores pediram ainda vale alimentação no valor de R$ 400. No entanto, a Justiça arbitrou em R$ 200 e, mesmo assim, o sindicato das empresas não concordou em pagar.
Já antes do início da greve, o TRT concedeu decisão liminar que determinou o mínimo de 70% da frota dos ônibus em circulação nas duas cidades durante a paralisação da categoria. Porém, os motoristas descumpriram a ordem no primeiro dia de manifestação e o sindicato foi multado em R$ 30 mil.
Fonte: G1 MT
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