Um homem que se passava por professor de Sociologia foi preso, nesta segunda-feira (23), durante uma operação conjunta entre as polícias Civil e Militar. O suspeito, Alacir Gonçalves de Arruda, de 46 anos, dava aulas na Escola Superior de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Esfap), da Polícia Militar, e também estaria ministrando aulas em uma faculdade particular de Cuiabá, tendo conquistado os cargos por meio de diplomas falsos.
Segundo a polícia, ele responde a inquérito por crime de estelionato e deve ser pedido o ressarcimento ao erário, uma vez que o suspeito recebeu cerca de R$ 80 mil para ministrar aulas na Esfap.
De acordo com o delegado Anderson Veiga, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), que conduz o inquérito, o suspeito será interrogado sobre a origem dos certificados falsos e as instituições com as quais ele possui vínculo empregatício serão oficializadas da situação, para saber as documentações apresentadas e as quantias recebidas por cada serviço.
O falso professor foi preso em sua casa, no Bairro CPA III. No local, os policiais da apreenderam os falsos certificados de graduação e doutorado que estavam em nome das universidades federais de Mato Grosso (UFMT) e doRio Grande do Sul (UFRS). As duas instituições negaram à polícia que haviam emitido certificados em nome do professor.
No currículo do falso professor, também constavam certificados de cursos feitos na Escola de Sargentos das Armas, em São Paulo, e Escola Militar Agulhas Negras, no Rio de Janeiro, e as instituições também negaram que o suspeito tenha sido certificado por elas.
De acordo com as investigações, as suspeitas sobre o falso professor tiveram início após ele se credenciar para ministrar aulas de sociologia na escola da PM, localizada na entrada de acesso ao distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá. Ele já havia ministrado aulas no ano de 2014 para a 1ª turma do curso e, durante as aulas à segunda turma, a escola começou a desconfiar e passou a checar as credenciais do contratado.
Segundo o subcomandante da Esfap, major Luiz Fernando Oliveira Dias, o falso professor argumentava muito bem e, quando conversava, “demonstrava algum conteúdo da área”. “ No entanto, em avaliação recente, os alunos questionaram o conhecimento dele e então fizemos alguns levantamentos e descobrimos os certificados falsos”, disse.
Fonte: G1 MT
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