As eleições 2016 vão ser diferentes de todas as outras. Primeiro pelo desgaste da imagem dos políticos com a Lava Jato. Isso certamente provocou uma mudança de comportamento do eleitor, que está mais atento, desconfiado e visivelmente cansado das velhas práticas. Ninguém suporta mais os conchavos, a corrupção, os discursos vazios, o mise en scène político que não atende às demandas atuais da sociedade.
O segundo fator são as novas regras definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nas alterações da minirreforma. Entre as principais mudanças está o financiamento de campanha. As empresas não poderão doar para candidatos ou partidos, só pessoas físicas. Foi determinado um limite de gastos. O teto para cargos majoritários é de até 50% do maior gasto declarado no primeiro turno de 2012 e de 30%, no segundo turno. Onde há previsão de apenas um turno, o teto é 70%.
A mudança mais perceptível para o eleitor é a redução no período de campanha de 90 para 45 dias. A duração do horário eleitoral gratuito no rádio e TV também diminui de 45 para 35 dias. Com campanhas mais baratas e curtas, não há tempo para errar. Os candidatos têm que provar logo a que vieram e mostrar mais a cara, já que a lei exige a presença deles em 75% da propaganda.
Nesse novo cenário, sai na frente quem estiver preparado, quem souber se comunicar melhor, quem conseguir apresentar de forma clara um projeto que atenda às demandas sociais e que fuja da postura raivosa. Ou seja, o bom desempenho eleitoral vai depender mais das reais qualidades do candidato.
Diante desse contexto, uma coisa é certa, quem quiser se eleger vai ter que suar (e muito!) para convencer. Se usarmos como referência o que vimos dos nossos deputados federais na votação do impeachment, muitos vão ter que começar pelo básico: aprender a falar e a se portar como se espera de um legítimo representante da população.
Fonte: Por: Léo Rodrigues/UOL
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