Os agricultores do Estados Unidos devem colher uma safra recorde de grãos em 2024/2025 e a Associação dos Produtores Rurais de Soja e Milho (Aprosoja-MT) foi verificar de perto a produção dos norte-americanos. Por meio da 3ª edição da série América Clima e Mercado, a entidade analisa as condições das lavouras do país.
O vice-presidente Sul da Aprosoja-MT, Fernando Ferri, e o consultor Wanderlei Guerra, estão percorrendo o cinturão dos grãos norte-americanos. Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), os produtores locais devem colher cerca de 124,9 milhões de toneladas de soja na safra 24/25, aumento de 4,2 milhões de toneladas da oleaginosa em relação à safra anterior.
Com o milho não é diferente, já que a projeção, segundo o USDA, é de aumento da produção do cereal em 5,1 milhões de toneladas, totalizando 383,5 milhões de toneladas. Dentro das lavouras, os especialistas da Aprosoja-MT comprovaram a expectativa de super safra norte-americana.
“A gente percebe que tem uma uniformidade, diferente do ano passado, quando a gente via lavouras com qualidades bem ruins e outras medianas ou boas”, avalia Ferri ao presenciar lavouras dos estados de Indiana e Ohio.
No entanto, mesmo com a alta produtividade, os agricultores norte-americanos têm que lidar com gargalos no país. Na fazenda do produtor rural, Stuart Neidlinger, Ferri destacou as dificuldades do agricultor.
“Ele relatou que a dificuldade tem sido, com o passar dos anos, os altos custos, pois o produtor vem aumentando o custo com fertilizantes, defensivos agrícolas, manutenção de máquinas, sementes e a cada ano que passa, a lucratividade tem diminuído, exatamente o que tem acontecido conosco em Mato Grosso”, afirma.
Outra dificuldade que os norte-americanos estão lidando é com o besourinho japonês. O inseto se alimenta das folhas da soja, podendo causar queda na produtividade da oleaginosa. Mais um inseto que apresenta perigo nas propriedades rurais dos Estados Unidos é a cigarrinha do milho, antes encontrada apenas na região sul do país, ela já está presente no meio oeste estadunidense.
Por outro lado, diferente das lavouras brasileiras, as fazendas dos Estados Unidos não sofrem com a Ferrugem Asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, podendo resultar em quedas significativas de produção de grãos.
Para ficar por dentro de mais informações, os episódios completos da 3ª edição do América Clima e Mercado estão disponíveis no Youtube da Aprosoja-MT.
Fonte: Daniel Guimarães
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