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Entre desafios e conquistas, a história de Beatriz Fabris mostra o legado de força no campo

Produtora em Santiago do Norte relembra a mudança para Mato Grosso, as perdas que marcaram a família e o orgulho de ver novas gerações seguirem no agro

AGRONEGÓCIO | 17/09/2025 - 08:02:25

Foto: Bruno Lopes/ Aprosoja MT

A coragem, superação e o amor à família e ao campo marcam a história de Beatriz Fabris, produtora rural em Santiago do Norte/Paranatinga. Aos 69 anos, ela relembra a mudança de sua família do Rio Grande do Sul para o Mato Grosso, no início dos anos 2000, quando o sonho de produzir em novas terras se tornou realidade, apesar de todas as dificuldades.

Ela lembra que a decisão de deixar a cidade de Seberi, só ganhou força quando Thiago, o filho mais velho, concluiu a faculdade e veio para o Mato Grosso. Como os laços da família eram muito fortes, ela e seu esposo Leocrides Fabris, decidiram acompanhá-lo com a mudança que aconteceu entre 2005 e 2006.

“O Thiago, meu filho, estava fazendo faculdade e sempre dizia: ‘mãe, eu vou me formar e vou embora para o Mato Grosso’. Eu pensava que não, que ele não viria. Mas ele se formou em janeiro e, em fevereiro, já estava aqui. Nos dois anos seguintes ficamos indo e vindo, um pouco lá no sul e um pouco aqui com ele, porque o Rodrigo, meu outro filho, ainda estudava. Foi entre 2006 e 2007 que decidimos: não criamos filhos para o mundo, vamos embora cuidar. Então dividimos a sociedade com o meu cunhado, e eles ficaram no sul e nós viemos para cá”, conta.

Os primeiros anos não foram fáceis. Estradas ruins, longas viagens e a falta de energia tornavam o dia a dia um verdadeiro desafio.

“Quando a gente veio pra cá, enfrentamos muita dificuldade. Não tinha energia, não tinha estrada. Saímos de Paranatinga sabendo a hora da partida, mas não sabíamos que horas chegaríamos. O acesso era muito difícil. Moramos um ano e meio numa sedezinha onde hoje é o confinamento. Depois o Thiago teve a ideia de abrir aqui e fomos construindo: já tinha o armazém porque estávamos começando a plantar, depois vieram a casa, a balança, mas foi bem difícil”.

Mesmo superando cada barreira na lida com a lavoura e a pecuária, a família ainda enfrentou duas perdas irreparáveis. Em 2008, Leocrides faleceu, deixando um legado de trabalho e determinação. Já em 2016, um acidente tirou a vida de Rodrigo Fabris, o filho mais novo. Diante dessas dores, Dona Beatriz, como é carinhosamente chamada, mostrou ainda mais a força que sempre teve e manteve firme o papel de alicerce da família.

“Em 2008 nós perdemos o Leocrides, em 2016 perdemos o Rodrigo. Foram perdas que não foram fáceis de superar. O Thiago e a Daila ficaram muito abalados, queriam vender tudo. Diziam ‘vamos embora, porque aqui não é mais o nosso lugar depois de tudo que aconteceu’. E eu sempre respondi que não, não vamos fazer isso. ‘O fruto do trabalho do pai e do irmão de vocês está todo aqui. Onde quer que a gente vá, as lembranças deles sempre estarão conosco. Não é hora de desistir. Eu estou aqui para ajudar vocês, vamos nos unir, vamos batalhar, que tudo vai dar certo’.”

O tempo mostrou que a perseverança valeu a pena. Hoje, Beatriz olha com orgulho para o caminho trilhado pela família e para o futuro que já começa a ser construído pelos netos. “A gente fica muito orgulhoso, porque o Thiago sempre foi uma pessoa de personalidade muito firme, a Daila também muito parceira, ajuda muito ele e agora nós já temos três netos, tem o Hiago, a Heloise e o Theo. Sinto muito orgulho e, se Deus quiser, eles serão os sucessores de tudo que a gente construiu”.

Na Fazenda Jatobá, onde a família mantém as atividades, o trabalho se mistura com a própria história de vida. Ao lado do filho Thiago, da nora Daila e dos netos, Beatriz vê no dia a dia do campo a confirmação do orgulho que sente pela profissão.

“Eu acho que quando a gente gosta do que faz, tem que ter orgulho. Eu tenho orgulho de ser produtora, porque a gente produz alimento para o mundo, tanto na pecuária quanto na agricultura. A gente tem que se sentir orgulhoso de poder contribuir com tudo isso.”

Histórias como a de Beatriz Fabris reforçam o valor do trabalho no campo, mas também da união e do amor familiar. Uma trajetória que, mesmo diante das maiores dificuldades, segue deixando um legado para as próximas gerações e mostrando que o agro de Mato Grosso é feito por pessoas que fazem a diferença.


Fonte: Assessoria Aprosoja MT


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