A polícia deteve oito pessoas suspeitas de ser os traficantes que organizaram uma travessia clandestina no Mediterrâneo, na qual morreram asfixiados no sábado (15) 49 migrantes, anunciaram as autoridades italianas nesta terça-feira.
Entre os detidos, está um marroquino de 20 anos suspeito de ser o capitão do navio onde ocorreu a tragédia, um barco de 13 metros de comprimento no qual 362 pessoas viajavam.
As outras sete pessoas estavam encarregadas de manter a ordem e, em particular, impedir que os passageiros que viajavam no porão do barco subissem à ponte.
Estas pessoas espancaram "na cabeça, com socos e pontapés, bastões e cintos as pessoas que queriam subir para ter ar", disse em uma coletiva de imprensa Michelangelo Patane, procurador-adjunto de Catania, Sicilia, onde se encontram desde segunda-feira os sobreviventes e os cadáveres dos falecidos.
As vítimas morreram em poucas horas "provavelmente devido à falta de ar e à fumaça do motor", acrescentou o procurador, que atribuiu a responsabilidade da tragédia às modalidades da viagem e à atitude da tripulação.
Os supostos traficantes, todos identificados entre os sobreviventes da travessia, são dois marroquinos e quatro líbios de 18 a 20 anos. Além disso foram detidos um marroquino de 30 anos e um sírio de 17, transferido a um centro de detenção de menores.
As vítimas eram provenientes da África subsaariana, do Paquistão e de Bangladesh, segundo a Organização Internacional de Migrações (OIM).
Entre os migrantes que chegaram na segunda-feira a Catânia também há 116 marroquinos.
Fonte: G1
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