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2º maior estado da Austrália entra em lockdown após casos da variante indiana do coronavírus

Foram 12 novos casos de Covid-19 no estado de Victoria, o suficiente para o governo australiano confinar quase 7 milhões de habitantes, inclusive na cidade de Melbourne.

SAÚDE | 27/05/2021 - 11:30:57

Tráfego é controlado em centro de testes de Covid-19 em Melbourne, na Austrália, em 27 de maio de 2021. A segunda maior cidade australiana anunciou um bloqueio de sete dias após dezenas de casos da variante indiana ser detectada no país — Foto: James Ross

O governo da Austrália impôs um bloqueio de emergência de 7 dias no estado de Victoria, o segundo mais populoso, e em Melbourne, a segunda maior cidade do país, após o registro de casos da variante indiana do novo coronavírus, a B.1.617.

A ordem para permanecer em casa para quase 7 milhões de habitantes foi anunciada pelo primeiro-ministro em exercício do país, James Merlino, após o registro de 12 novos casos no estado de Victoria. Em todo o país, foram 17 novos infectados.

"No último dia vimos mais evidências de que estamos enfrentando uma variante altamente infecciosa do vírus, uma variante preocupante que está avançando mais rápido do que detectamos", afirmou Merlino sobre a variante indiana.

A variante indiana (B.1.617) é mais contagiosa e diminui a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas ainda é investigado se ela está relacionada a quadros mais graves de Covid-19 e se ela aumenta o risco de reinfecção.

Os 17 novos casos de Covid-19 parecem insignificantes se comparados aos números de outros países, mas a Austrália tem sido um dos países que tem melhor conseguido lidar com a pandemia.

Foram apenas três óbitos no país desde novembro, e a primeira vítima da Covid-19 deste ano foi registrada apenas em 12 de abril, um idoso de 80 anos que contraiu a doença nas Filipinas e estava em quarentena obrigatória.

 

Lockdown e vacinação

O confinamento no estado de Victoria busca rastrear a origem dos novos casos. Moradores só poderão deixar suas casas para trabalhos essenciais, assistência médica, compras no supermercado, exercícios ou tomar a vacina contra a Covid-19.

Merlino afirmou que foram identificados mais de 10 mil contatos primários e secundários que precisam ser colocados em quarentena e testados, acrescentando que "esse número continuará a crescer e mudar".

Vários infectados foram a locais cheios como estádios e um dos maiores shopping centers do país, levantando preocupações de um surto significativo dias antes do inverno.

Esta é a quarta vez que Melbourne, segunda maior da Austrália, entra em lockdown desde o início da pandemia. A cidade de cerca de 5 milhões de habitantes passou quatro meses sob severas medidas de restrição no ano passado devido à pandemia.

A Austrália precisou aplicar poucas medidas de contenção nos últimos meses, por ter conseguido conter a disseminação do novo coronavírus, mas críticos dizem que a lentidão na aplicação das vacinas deixou a população exposta a novos surtos.

O país aplicou apenas 3,69 milhões de vacinas contra a Covid-19 até o momento, o equivalente a 14,47 doses a cada 100 habitantes, segundo dados do "Our World in Data". O número é inferior ao da média mundial (22,36) e do Brasil (29,99).

 

A variante indiana

A variante indiana (B.1.617) é mais contagiosa e diminui a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas ainda é investigado se ela está relacionada a quadros mais graves de Covid-19 e se ela aumenta o risco de reinfecção.

Até o momento, a OMS classifica 4 cepas como "variantes de preocupação global" (conhecidas pela sigla VOC): a britânica (B.1.1.7), a sul-africana (B.1.351), a brasileira (P.1) e indiana (B .1.617

A variante indiana B.1.617 possui três sublinhagens, com pequenas diferenças (B.1.617.1B.1.617.2 B.1.617.3), que foram descobertas entre outubro e dezembro de 2020.

As três apresentam mutações importantes nos genes que codificam a espícula, a proteína que fica na superfície do vírus e é responsável por conectar-se aos receptores das células humanas e dar início à infecção.

Entre as alterações, a E484Q tem similaridades com a E484K, alteração encontrada nas variantes sul-africana e brasileira.

Até o momento, cientistas ainda não conseguiram estabelecer sobre a variante indiana:

  • A sua real velocidade de transmissão e o quanto ela é mais transmissível;
  • Se a variante está relacionada a quadros de Covid-19 mais graves, que exigem internação e intubação;
  • Se ela aumenta o risco de reinfecção (a OMS já aponta uma "possível modesta redução na atividade de neutralização").

Segundo a OMS, as "taxas de ataque" da sublinhagem B.1.617.2 da variante indiana parecem ser superiores às da variante britânica (B.1.1.7).

 

Impacto nas vacinas

A sublinhagem B.1.617.2 também reduz a eficácia das vacinas da Pfizer e de Oxford/AstraZeneca, mas os imunizantes ainda são "altamente efetivos", segundo estudo preliminar divulgado no sábado (22).

A conclusão da agência de saúde pública da Inglaterra. O artigo ainda não passou por revisão de outros cientistas e não foi publicado em revista científica.

A pesquisa feita entre 5 de abril e 16 de maio mediu o quanto cada vacina conseguiu reduzir casos sintomáticos de Covid-19 causados pela B.1.1.7 (variante britânica) e pela B.1.617.2.

As principais conclusões foram:

  • A vacina da Pfizer/BioNTech teve uma efetividade de 88% contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) duas semanas após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade foi um pouco maior: 93%.
  • A vacina de Oxford/AstraZeneca teve 60% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a segunda dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade também foi um pouco maior: 66%.
  • Ambas as vacinas tiveram 33% de efetividade contra casos sintomáticos de Covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2) após a primeira dose. Em relação à variante britânica (B.1.1.7), a efetividade de ambas era de 50%.

"Esperamos que as vacinas sejam ainda mais efetivas na prevenção de hospitalização e morte", afirmou a chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra e autora sênior do estudo, Mary Ramsay.


Fonte: G1


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