O secretário-adjunto da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz), Vivaldo Lopes, foi exonerado do cargo e a partir desta quinta-feira (29) não faz parte mais da equipe de governo. O ato de exoneração foi publicado no Diário Oficial que circula hoje. O secretário alegou ter deixado o cargo por dois motivos. O primeiro deles para se dedicar às suas atividades particulares e, segundo, para ter tempo de se dedicar à elaboração da defesa no processo que tramita na 5ª Vara Federal em Mato Grosso, em que é acusado de participar de um esquema criminoso de lavagem de dinheiro, sob o intermédio de Éder Moraes, ex-secretário de Fazenda e da Casa Civil, que está preso há mais de uma semana no Complexo da Papuda, em Brasília, para não atrapalhar as investigações sobre o caso.
"Tenho a convicção da minha inocência. A decisão [de deixar o cargo] só saiu no final da tarde de ontem porque antes tive uma conversa com o governador. Ele concordou com a minha decisão e me deixou à vontade para fazer o que eu achasse melhor", declarou o ex-secretário. No mesmo dia em que pediu a exoneração, ele havia dito que não deixaria o governo com a alegação de que tinha certeza de que não tinha cometido nenhum delito. Ele estava no governo desde 2008, quando o hoje senador Blairo Maggi (PR-MT) era governador.
Vivaldo é economista e dono da empresa Brisa Consultoria, a qual é citada na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por suposto recebimento de dinheiro das empresas Globo Fomento Mercantil e Amazônia Petróleo, de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. Segundo o MPF, o dinheiro seria destinado a Éder Moraes para sustentar o esquema de compra de apoio político e financiamento de campanhas eleitorais. As empresas de Júnior Mendonça foram usadas como 'conta corrente' para lavar dinheiro para fins ilegais, conforme a denúncia.
A denúncia aponta que a Brisa Consultoria, especializada em gestão empresarial, teria recebido R$ 520 mil. No entanto, o secretário do Tesouro alega não ter ficado com o dinheiro que entrou na conta de sua empresa. Disse ter emprestado a conta bancária para uma transferência destinada ao Mixto Esporte Clube, time de futebol que tinha Éder Moraes como presidente.
Éder Moraes e Vivaldo Lopes trabalharam juntos nas secretarias de Fazenda e da Casa Civil. Com a saída de Éder Moraes para assumir a Casa Civil de Mato Grosso, Vivaldo também acompanhou assumindo o cargo de secretário-adjunto da Casa Civil. Desse modo, por pelo menos seis anos os dois ocuparam cargos de chefia juntos, ultrapassando a esfera do serviço público, de acordo com o MPF.
Fonte: G1
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