Quinze presos da cadeia pública de Alto Araguaia, a 426 km de Cuiabá, estão trabalhando na fabricação de blocos e tijolos que deverão ser utilizados na construção de calçadas do município. Mais de quatro mil unidades já foram produzidas desde o início deste mês. O barracão onde fica a fábrica também foi construído pelos reeducandos. A cada três dias de trabalho, os detentos têm a remissão de um dia da pena e recebem mensalmente o valor de R$ 543.
O coordenador da cadeia Luis Gustavo da Silva Machado explicou que a máquina e outros materiais foram adquiridos com dinheiro de transações penais. “Foram feitas apreensões de madeiras ilegais, que foram leiloadas, e o dinheiro utilizado no projeto. Antes de iniciar a produção, os presos receberam treinamento de um técnico. Nossa expectativa é de produzir de 3 a 4 mil tijolos por dia”, destacou o coordenador.
Segundo Machado, os 15 detentos foram selecionados por critérios de bom comportamento, entre os 44 presos que cumprem pena atualmente na unidade. Os selecionados respondem pelos crimes de furto, homicídio e estupro. Os reeducandos trabalham na fábrica de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h, com duas horas de almoço, e no sábado, das 8h às 12h.
“Além desse projeto, eles podem estudar e participar das oficinas de costura e música. Essas atividades contribuem para a recuperação e aprendizado dos presos”, enfatizou Luis Gustavo.
Dos 15 reeducandos que participam do projeto, sete deles devem trabalhar na fabricação dos blocos e tijolos e os outros oito deverão ir fazer o trabalho de assentamento das calçadas. “Esses presos que saem da cadeia precisam de autorização judicial”, explicou o coordenador da unidade prisional.
Ainda de acordo com ele, os detentos deverão trabalhar na construção de um teatro municipal. “Já existe o projeto do prédio e a área já foi doada pela prefeitura. Além de fabricar os tijolos, os presos irão trabalhar na edificação da obra. Nossa expectativa é de que o local fique pronto ainda este ano”, pontuou o coordenador.
O projeto é realizado em parceria com a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Prefeitura Municipal, Ministério Público, Judiciário e uma entidade social do município. O salário dos presos é pago pela prefeitura.
Fonte: G1 MT
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