Uma mulher de 31 anos foi presa na sexta-feira (8), em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, suspeita de integrar uma quadrilha que aplicava o 'golpe dos falsos médicos' em hospitais de Mato Grosso desde 2014. Shirlei Menezes Ferreira foi presa em flagrante, dentro de sua residência, por policiais civis da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) daquela cidade. Ela foi encaminhada para a Cadeia Pública Feminida de Rondonópolis.
De acordo com a Polícia Civil, na residência de Shirlei foram apreendidos extratos bancários, uma vez que ela seria a responsável por sacar o dinheiro que era pago pelas vítimas. Na delegacia, a mulher afirmou que o companheiro, Paulo Henrique Rodrigues, de 35 anos, é quem dava as ordens para ela efetuar os saques, mas disse não ter conhecimento da origem do dinheiro.
O golpe funciona da seguinte forma: o parente de uma pessoa que está internada em um hospital recebe uma ligação de alguém que se passa por médicoou funcionário da instituição e pede para que um depósito seja feito, a fim de agilizar o tratamento do paciente via particular. A justificativa usada pelos golpistas para convencer as vítimas é afirmar que, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o processo seria muito mais demorado.
Paulo Henrique Rodrigues, segundo a polícia, dava as ordens para a esposa de dentro da Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, onde está preso e cumpre pena por roubo, tráfico de drogas e latrocínio. As investigações apontam que os golpistas fizeram várias vítimas no estado, mas a maior parte tinha parentes internados na Santa Casa de Rondonópolis, onde 15 casos foram confirmados.
Em um dos casos, os golpistas exigiram de uma das vítimas R$ 2,4 mil para quitar procedimentos realizados em sua mãe, que estava internada. O pagamento não foi feito aos estelionatários apenas porque a vítima decidiu procurar o médico responsável pelo tratamento da mãe.
Segundo o delegado Gustavo Belão, que comanda as investigações, o trabalho da polícia irá continuar, a fim de que toda a quadrilha seja desmantelada. O objetivo, agora, é descobrir quem fazia as ligações e de onde partiam as informações que constavam apenas nos prontuários dos pacientes.
Campanha
Diante dos inúmeros casos, a Santa Casa de Rondonópolis chegou a fazer uma campanha interna para alertas os parentes dos pacientes internados a não caírem no golpe. Cartazes foram afixados nas portas e nos corredores que dão acesso à ala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
A direção do hospital informou que não conseguiu identificar quem passava as informações aos bandidos, mas está colaborando com as investigações.
Fonte: G1 MT
SELECT * FROM mega_noticias WHERE status > '1' and publicacao <= '2024-04-20 08:56:22' and cat='26' and cod_mega!='2434' ORDER BY publicacao DESC limit 4