A campanha nacional contra hanseníase, geo-helmintíase (verminose) e tracoma foi prorrogada novamente em Mato Grosso e será encerrada no dia 29 de novembro nos 65 municípios que aderiram às ações nas escolas. Até essa data, as cidades participantes também devem informar os resultados no sistema FormSUS. Em Mato Grosso, 587 escolas já foram visitadas até o momento, com 20.365 crianças examinadas para hanseníase e 24 crianças encaminhadas para a rede básica de saúde municipal para confirmação do diagnóstico.
Além disso, 133.993 crianças foram tratadas com medicação contra verminose e 339 crianças tiveram teste positivo para tracoma e também foram medicadas. Até o final da campanha, 295.206 crianças e adolescentes, de 5 a 14 anos, deverão ser atendidos.
Os municípios participantes da campanha foram escolhidos por critério populacional e de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), dentre outros fatores. Trinta e sete municípios foram selecionados como prioritários pelo Ministério da Saúde para participar da campanha e 28 municípios fizeram adesões espontâneas. Em 2014, 39 municípios participaram e, em 2013, foram 29 municípios participantes.
Tratamento
A hanseníase é causada pelo Mycobacterium Leprae e é transmitida por meio de contato direto e prolongado com o doente sem tratamento. A transmissão ocorre normalmente pelas vias aéreas superiores. O desenvolvimento depende das condições do sistema imunológico do indivíduo ao qual foi transmitido o bacilo. Entre os sintomas principais estão: manchas na pele com alterações de cor e de sensibilidade, dormência, queda de pelos e comprometimento de nervos periféricos.
Os casos suspeitos de hanseníase são encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e início imediato do tratamento. Para isso, fichas de autoimagem são distribuídas a fim de facilitar a identificação de sinal, mancha ou caroço. Na ficha, que possui o desenho de um corpo humano, os pais poderão assinalar o local onde as crianças possuem qualquer tipo de mancha na pele, para serem avaliadas pelas equipes da atenção básica.
Já a geohelmintíases (verminose) é causada pelos geohelmintos, parasitas intestinais que causam anemia, dor abdominal e diarreia. As principais verminoses são ascaridíase, ancilostomíase e triquiuríase. O tracoma, por sua vez, é uma doença inflamatória dos olhos causada pela bactéria chlamydia trachomatis, que atinge a córnea e a conjuntiva. A transmissão ocorre por contato direto, pessoa a pessoa ou contato indireto, por meio do compartilhamento de objetos contaminados com secreção (toalhas, lenços, lençóis).
Para a geo-helmintíase, foi disponibilizado o medicamento albendazol 400mg e para o tracoma azitromicina suspensão de 500mg ou 600mg.“Os alunos recebem um documento chamado Termo de Recusa, que deve ser preenchido quando os pais não autorizarem a administração do medicamento”, explicou a coordenadora de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Flávia Guimarães.
Fonte: G1 MT
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