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Olimpíadas 2016: Felipe Wu ganha prata no tiro e dá ao Brasil sua primeira medalha no Rio

No primeiro dia de competição dos Jogos do Rio 2016, Brasil já começa a preencher seu quadro de medalhas olímpicas

OLIMPÍADAS 2016 | 09/08/2016 - 06:00:00

O Brasil começa seu quadro de medalhas olímpicas. No dia que abre as competições dos Jogos Rio 2016, Felipe Wu, de 24 anos, conquistou medalha de prata na prova de Tiro esportivo de ar 10 metros, garantido a primeira medalha do Brasil em casa. Durante a disputa, em Deodoro, ele contou com uma fervorosa torcida brasileira, que cantou "Wu, Wu, Wu, Wu, Wu". Felipe chegou a assumir a liderança da prova no penúltimo tiro, mas o vietnamita Xuan Vinh Hoang foi quase perfeito na hora da decisão, atirou no centro do alvo, e ganhou a prova: 202,5 contra 202,1.

"Eu e meu técnico batalhamos muito. O ano tem sido muito bom para a gente. Até hoje, achava que a torcida não podia fazer tanta diferença, mas, depois do que passei aqui, percebi que fez toda a diferença", comemorou, em entrevista à TV Globo, pouco depois de descer do pódio olímpico.

O Brasil não conquistava uma medalha no Tiro Esportivo desde os Jogos de Antuérpia, em 1920, quando Guilherme Paraense deu ao país sua primeira conquista olímpica, considerando todas as modalidades. Ainda na Bélgica, o Brasil foi ao pódio outras duas vezes - com Afrânio da Costa e a equipe de pistola livre.

"É uma honra. Todo mundo me falava dessa medalha em 1920. Fico muito feliz que consegui realizar esse sonho. Espero que a pessoas se interessem mais pelo tiro e mais pessoas possam representar o país", disse Wu.

Empurrado por uma barulhenta torcida em Deodoro, Wu admitiu que foi motivado pelos gritos. "Dá para ouvir e muito. Em alguns momentos distrai, mas a maior parte do tempo dá uma energia muito boa. Quando eu estava de cabeça baixa, dava uma animada. Até hoje de manhã eu sempre falava que a torcida não fazia diferença. Mas vi que faz sim. Senti uma energia muito boa", contou o primeiro medalhista do Brasil nesta Olimpíada.

A disputa para chegar ao pódio

Wu começou a final muito bem, liderando já na primeira série, de três tiros. Ele se manteve à frente após cada atirador ter sete tentativas, mas, enquanto a torcida brasileira protestava com um russo que insistia com sua buzina, Wu pela primeira vez saiu da casa de 10 pontos e caiu para o terceiro lugar.

Saiu da ponta, mas se recuperou enquanto o vietnamita disparava na frente. Favorito ao ouro, o sul-coreano Jongoh Jin, campeão olímpico em Londres, foi eliminado em quinto. Nesse tipo de decisão, a partir da oitava série de tiros, a cada duas rodadas o atleta que está em último deixa a prova.

Quando restavam só quatro na disputa, Felipe Wu conseguiu um 10,7, viu Juraj Tuzinsky, da Eslováquia, ser eliminado. Com a medalha no peito, faltava definir a cor. O brasileiro tinha 2,4 pontos de folga sobre Wei Pang, da China, e só perderia a prata por um desastre. A briga seria pelo ouro, uma vez que estava a 1,5 do taiwanês.

Com o aumento da tensão, Wu não atirou bem, mas o rival chinês também não. Com a prata garantida, Felipe não sentiu. Fez 10,2 no penúltimo tiro e assumiu a liderança da prova. Quem atirasse melhor ganharia. Wu atirou e fez 10,2. O taiwanês não ligou para o barulho da torcida, respirou fundo, e mandou no centro do alvo.

Na fase eliminatórias

Mais cedo, Felipe precisou controlar os nervos depois de um início ruim e uma recuperação bastante festejada. Na reta final da prova, de 60 tiros, o brasileiro precisou aumentar o intervalo entre um tiro e outro, aparentemente para controlar melhor os batimentos cardíacos e a respiração, determinantes em uma prova de precisão no tiro.

Ele encerrou a fase de classificação com 580 pontos (de 600 possíveis), apenas um a mais do que o sérvio Dimitrjie Grgic, eliminado com 579, em nono. Não fossem os acertos nos dois últimos tiros, nem à final Felipe teria passado. Além dele, o Brasil também foi representado na prova por Julio Almeida, que terminou em uma honrosa 13.ª colocação.

Saiba um pouco mais sobre o medalhista olímpico

Felipe Wu ganhou o status de promessa do tiro esportivo brasileiro quando ganhou a prata na primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura, em 2010. À época, a modalidade vivia praticamente na obscuridade e o garoto não recebeu o apoio necessário.

Ele só passou a atrair investimentos no ano passado, depois de ganhar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, garantir vaga no Rio 2016, e contar que treinava no quintal de casa por falta de um local mais apropriado. Antes das Olimpíadas, passou a receber a Bolsa Pódio, do Ministério do Esporte, e a se dedicar exclusivamente ao tiro.

Os resultados apareceram. Este ano, venceu a etapa de Bangcoc (Tailândia) da Copa do Mundo e assumiu a liderança do ranking mundial. Chegou a perder o posto depois de um desempenho ruim no evento-teste, também em Deodoro, quando ficou em uma modesta 16ª colocação. Em Baku (Azerbaijão), em junho, se recuperou com mais um ouro e reafirmou o posto de favorito no Rio 2016.

Neste sábado, ele não se deixou abalar pelo frustrante desempenho da namorada, Rosane Budag, com quem divide quarto na Vila dos Atletas. Ela acordou antes que ele para ir a Deodoro competir na carabina de ar 10m, sentiu a pressão de competir em casa e terminou apenas no 50.º e penúltimo lugar. Na saída da competição, admitiu que havia feito a pior prova da carreira internacional.

Felipe e Julio ainda competem mais uma vez na Olimpíada, na pistola 50 metros. Nessa disputa, Wu está longe de ser favorito, uma vez que tem um 26.º lugar como melhor resultado em Copas do Mundo na carreira. Julio Almeida, por outro lado, ganhou essa disputa no Pan de Toronto, no ano passado.


Fonte: IG Olimpiadas


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