O ritmo ampliou e o tempo perdido foi bastante recuperado, mas ao contrário das expectativas traçadas em meados de novembro, o plantio da nova safra de soja, em Mato Grosso, deverá se alongar por mais alguns dias e fechar a semeadura da safra 2014/15 com 13 semanas de trabalhos. O ciclo anterior foi concluído na primeira semana de dezembro, após 12 semanas de movimentação nas lavouras.
Nesse ano, a forte estiagem que atingiu o Estado em outubro interrompeu a evolução da semeadura, chegando a paralisar as atividades, o que impôs um atraso inédito ao plantio da sojicultura mato-grossense. Restam a ser cobertos hectares em municípios localizados ao norte, noroeste, nordeste e sudeste, como Querência, Canarana, Itaúba e Alto Garças, que ainda semeiam a nova safra. Em 5 de dezembro de 2013, por exemplo, a safra 2013/14 estava 100% plantada.
Conforme dados do acompanhamento semanal de semeadura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na última sexta-feira, dos 8,86 milhões de hectares projetados, 99,5% estavam semeados até o último dia 4. Avaliando os hectares cobertos até o momento, o volume supera em extensão aquele que havia sido cultivado até o dia 5 de dezembro do ano passado, quando foram plantados 8,29 milhões de hectares. Com cobertura de 99,5%, Mato Grosso, que é o maior produtor de soja do país, já contabiliza mais de 8,75 milhões de hectares com soja germinando.
BRASIL – Conforme a AgRural, no país os trabalhos também chegaram à reta final, mesmo sob pouca chuva no nordeste. Até o último dia 5, 92% da área estimada para a oleaginosa estavam semeadas, dois pontos percentuais atrás do mesmo período do ano passado e da média de cinco anos. Em uma semana, o avanço foi de sete pontos.
Como destaca a consultoria, as chuvas estão regulares em todo o Mato Grosso e a boa umidade no solo favorece o desenvolvimento das lavouras. Em Tapurah, no médio norte, aproximadamente 30% da área está em floração e 10% em canivete. Em Sapezal, no oeste, as primeiras áreas estão iniciando o enchimento de grãos. Em Primavera do Leste, no sul, as precipitações ajudam no controle de pragas.
COMERCIALIZAÇÃO - As altas na Bolsa de Chicago, na primeira quinzena de novembro, e a valorização do dólar diante do real ajudaram na evolução da comercialização da safra brasileira 2014/15. “O mês terminou com 26% da produção esperada vendida, ante 21% no final de outubro e 39% no ano passado e na média de cinco anos”, aponta a analista da AgRural, Daniele Siqueira.
No Centro-Oeste, o avanço em novembro foi de sete pontos, para 32%. Em Mato Grosso, 37% da soja foram vendidos. Em Lucas do Rio Verde, no médio-norte, lotes com entrega e pagamento em fevereiro chegaram a sair a R$ 49. Na região de Rondonópolis, no sul, negócios para entrega em janeiro foram realizados a US$ 21.
Fonte: Só Notícias
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