A falta de chuva, que tanto preocupou os produtores rurais de Sorriso e de todo o estado de Mato Grosso, tem se estabilizado. Ela veio e tem caído até com uma certa frequência gerando expectativa de melhoras nas lavouras. “A chuva que veio com certeza ajuda muito, porque nós temos muitas lavouras tardias, então pra essas de ciclo médio pra mais tarde, essas chuvas com certeza estão salvando muitas lavouras”, comemora o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Laércio Lenz.
Por outro lado, alguns produtores não terão seu plantio salvo nesta temporada. “Aquelas lavouras que levaram aquele sol de outubro, novembro e dezembro, que aniquilou e acabou com o potencial dela (da lavoura), essa chuva, infelizmente, não vai fazer com que essas áreas sejam recuperadas. Nós vínhamos fazendo uma análise de 25% a 30% de lavouras ruins, ou de quebra no município, também em torno de 30%. Esse percentual se mantém e acredito que não vai melhorar”, afirma Lenz.
Sobre a média de produtividade em Sorriso, a notícia, como já era esperado, não está entres as mais animadoras. “Tem alguns produtores colhendo, a maior parte destes são pivôs, que é uma realidade diferente, mas mesmo aqui na região, quem tem os pivôs, está colhendo em média 50 sacas por hectare, o que é muito baixo por ser uma área irrigada. E o motivo é o clima, a área foi molhada, mas a umidade do ar é baixa demais e o sol muito forte e a planta não correspondeu como deveria. Já fora dos pivôs, alguns começaram a colher, mas são poucos ainda. A média tem sido de 40 sacas (por hectare), de 38 sacas, mas é pouco e pontual essas colheitas, não dá pra ter tanta noção do que irá acontecer. O que dá pra saber é assim, essa lavoura de 40 sacas, por exemplo, o produtor achava que daria entre 50 e 52 sacas e deu 40, o que é 20% a menos do que ele imaginava. Isso acontece porque muitas lavouras tem um bom aspecto, mas possuem muitas falhas nos grãos”, explica Laércio.
Para aqueles produtores que terão prejuízos maiores, o sindicato tem conversado com as agências financiadoras para que avaliem a situação de cada agricultor. “A gente tem conversado com algumas financiadoras e alguns bancos que financiam a agricultura e aconselhando que eles verifiquem em loco, caso a caso, cada produtor que eles tenham financiado. Se o produtor estiver com problema e o financiador ver que não vai conseguir pagar, eu acho que é extremamente correto as empresas prorrogarem essa divida ou liberar outro financiamento pra cobrir essa dívida e deixar pro próximo ano ou tentar fazer um prolongamento pra dois ou três anos pra esses produtores que não vão colher. Porque na nossa região, uma safra perdida, é necessário dois ou três anos pra se recuperar, por isso é necessário bom senso dos financiadores, neste momento”, completou o presidente.
Fonte: Só Notícias
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